Perfil sociodemográfico-clínico-nutricional de pacientes com infarto agudo do miocárdio em uma unidade de terapia intensiva
pdf

Categorias

Resumo

O objetivo foi avaliar o perfil sociodemográfico, clínico e nutricional de pacientes com quadro de infarto agudo do miocárdio (IAM) admitidos em uma unidade de terapia intensiva (UTI), no município de Santo Antônio de Jesus, Bahia. Foram coletados dados sócio demográficos, de hábitos de vida, saúde, parâmetros antropométricos e informações bioquímicas, nas primeiras 72 horas de admissão de pacientes com IAM na UTI. Dados foram tabulados e expressos como média ± desvio padrão da média. Foram avaliados 21 cardiopatas, sendo 11 homens e 10 mulheres, média de idade de 53,45 ± 11,94 e 64,10 ± 11,41 anos, respectivamente. Maioria era da raça/cor parda/preta (n=13), procedentes da zona urbana (n=12), profissionalmente ativos (n=13), com ensino fundamental incompleto (n=14) e com renda menor que 1 salário mínimo (n=13). Maioria negou tabagismo (n=7) e etilismo (n=15), porém eram sedentários (n=12), com hipertensão arterial (n=18). A circunferência do braço apresentou classificação média (n=11) e o índice de massa corporal foi classificado como sobrepeso e obesidade para a maioria (n=9) dos avaliados. Risco de mortalidade foi de 52,54 ± 20,17 % e de 54,90 ± 20,57 %, entre os homens e as mulheres, respectivamente. O IAM acometeu indivíduos homens adultos e mulheres com média de idade acima dos 60 anos, negros, com baixa renda e escolaridade, hipertensos, sedentários e com IMC acima do recomendado. O estudo possibilita o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção de saúde cardiovascular da população negra, para abreviar o risco de morbidade hospitalar após a admissão na UTI.

https://doi.org/10.51909/recis.v4i1.240
pdf

Referências

Aydin S, Ugur K, Aydin S, et al. Biomarkers in acute myocardial infarction: current perspectives. Vascular Health and Risk Management 2019; 15: 1-10. https://doi.org/10.2147/VHRM.S166157

Santos J, Meira KC, Camacho AR, et al. Mortalidade por infarto agudo do miocárdio no Brasil e suas regiões geográficas: análise do efeito da idade-período-coorte. Revista Ciência & Saúde Coletiva 2018; 23(5): 1621-1634. https://doi.org/10.1590/1413-81232018235.16092016

Miki R, Takeuchi M, Imai T, et al. Association of intensive care unit admission and mortality in patients with acute myocardial infarction. Journal of Cardiology 2019; 74: 109-115. https://doi.org/10.1016/j.jjcc.2019.01.007

Stolker JM, Badawi O, Spertus JÁ, et al. Intensive care units with low versus high volume of myocardial infarction: clinical outcomes, resource utilization, and quality metrics. Journal of the American Heart Association 2015; 4: e001225. https://doi.org/10.1161/JAHA.114.001225

Valley TS, Iwashyna TJ, Cooke CR, et al. Intensive care use and mortality among patients with ST elevation myocardial infarction: retrospective cohort study. British Medical Journal 2019; 365: I1927. https://doi.org/10.1136/bmj.l1927

Lima GES, Silva BYC. Ferramentas de triagem nutricional: um estudo comparativo. BRASPEN Journal 2017; 32(1): 20-24.

Kanda D, Ikeda Y, Takumi T, et al. Impact of nutritional status on prognosis in acute myocardial infarction patients undergoing percutaneous coronary intervention. BMC Cardiovascular Disorders 2022; 22(1): 1-10. https://doi.org/10.1186/s12872-021-02448-x

Silva APS, Sottomaior CLC, Paz RC, et al. Estado nutricional de um paciente idoso com infarto agudo do miocárdio internado para cirurgia de revascularização do miocárdio no período pré e pós-operatório. REVISA 2019; 8(1): 87-95.

Ruiz AJ, Buitrago G, Rodríguez N, et al. Clinical and economic outcomes associated with malnutrition in hospitalized patients. Clinical Nutrition 2019; 38: 1310-1316. https://doi.org/10.1016/j.clnu.2018.05.016

Toledo DO, Piovacari SMF, Horie LM, et al. Campanha “Diga não à desnutrição”: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar. BRASPEN Journal 2018; 33(1): 86-100.

Prado JNS, Morais CS, Almeida ARC, et al. Óbitos por infarto agudo do miocárdio no período de 2016 a 2020. Research, Society and Development 2022; 11(12): 1-9. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34172

Costa CAS. Morbidade hospitalar, associada ao aparelho circulatório em Santo Antônio de Jesus – Bahia. Saúde e Pesquisa 2019; 12(3): 611-617. https://doi.org/10.17765/2176-9206.2019v12n3p611-617

Alves AHR, Borges S. Indicadores de qualidade em terapia enteral: avaliação da assistência nutricional ao paciente hospitalizado. BRASPEN Journal 2019; 34(1): 77-82.

Berger MM, Cayeux MC, Schaller MD, et al. Stature estimation using the knee height determination in critically ill patients. The European e-Journal of Clinical Nutrition and Metabolism 2008; 3: e84-88. https://doi.org/10.1016/j.eclnm.2008.01.004

Melo APF, Salles RK, Vieira FGK, et al. Methods for estimating body weight and height in hospitalized adults: a comparative analysis. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano 2014; 16(4): 475-484.

Chumlea CW, Roche AF, Steinbaugh ML. Estimating stature from knee height for persons 60 to 90 years of age. Journal of the American Geriatrics Society 1985; 33(2): 116-120. https://doi.org/10.1111/j.1532-5415.1985.tb02276.x

Frisancho AR. Anthropometric standarts for the assessment of growth and nutritional status. Michigan: University of Michigan; 1990.

McDowell MA, Fryar CD, Ogden CL, et al. Anthropometric reference data for children and adults: United States, 2003-2006. National Health Statistics Report 2008; 10: 1-45.

Lee RD, Nieman DC. Nutritional assessment. Londres: McGraw Hill; 1993.

Barbosa-Silva TG, Bielemann RM, Gonzalez MC, et al. Prevalence of sarcopenia among Community-dwelling elderly of a médium-sized South American city: results of the COMO VAI? Study. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle 2015; 7(2): 136-43. https://doi.org/10.1002/jcsm.12049

World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of Anthropometry [internet]. [citado 2022 nov 11]. Disponível em:http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/37003/1/WHO_TRS_854.pdf?ua

Organización Panamericana de la Salud. División de Promoción y Protección de la Salud (HPP). Encuesta Multicentrica salud beinestar y envejecimiento (SABE) em América Latina el Caribe: Informe Preliminar. In: XXXVI Reunión del Comité asesor de investigaciones em Salud [internet]. 2001. [citado 2022 nov 11]. Disponível em: www.opas.org/program/sabe.htm

Bastos PG, Sun X, Wagner DP, et al. Glasgow coma scale in the evaluation of outcome in the intensive care unit: findings from the acute physiology and chronic health evaluation III study. Critical Care Medicine 1993; 21: 1459-1465. https://doi.org/10.1097/00003246-199310000-00012

Knaus WA, Draper EA, Wagner DP, et al. APACHE II: a severity of disease classification system. Critical Care Medicine 1985; 13: 818-829.

25, Lobo LAC, Canuto R, Dias-da-Costa JS, et al. Tendência temporal da prevalência de hipertensão arterial sistêmica no Brasil. Cadernos Saúde Coletiva 2017; 33(6): e00035316. https://doi.org/10.1590/0102-311X00035316

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Gráficos população negra. São Paulo: Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos [internet]. 2021. [citado 2022 nov 11]. Disponível em: https://www.dieese.org.br/outraspublicacoes/2021/graficosPopulacaoNegra2021.pdf

Bahia FC, Barreto JSC, Ribeiro PCS, et al. Estado nutricional de idosos cardiopatas admitidos em uma unidade de terapia intensiva em Santo Antônio de Jesus, Bahia. Research, Society and Development 2022; 11(8): e23311830953. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30953

Dzubur A, Gacic E, Mekic M. Comparison of patients with acute myocardial infarction according to age. Medical Archives 2019; 73(1): 23-27. https://doi.org/10.5455/medarh.2019.73.23-27

Lima MLNM, Magalhães JS, Santos TF, et al. Caracterização de pessoas jovens com infarto agudo do miocárdio. Revista Baiana de Enfermagem 2019; 33: e33591.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2021: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2021 [internet]. 2021. [citado 2022 nov 11]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Revista de Ensino, Ciência e Inovação em Saúde