Levantamento epidemiológico das anomalias congênitas em Minas Gerais entre 2014 e 2018
PDF

Palavras-chave

Anormalidades Congênitas
Epidemiologia
Malformações Congênitas
Prevalência

Categorias

Resumo

O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento epidemiológico das anomalias congênitas em nascidos vivos em Minas Gerais entre 2014 e 2018. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, realizado com informações secundárias do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. (SINASC). Inicialmente, foi analisado o número total de nascidos vivos. Em seguida, verificou-se: número de casos por ano e tipos de anomalias congênitas em nascidos vivos, bem como sexo, raça/cor, idade gestacional e peso ao nascer. As mães foram analisadas quanto: idade e estado civil, tipo de gravidez e parto. Os dados foram organizados no programa Microsoft Excel® e foram calculados a frequência (N) e o percentual (%). No período analisado, ocorreram 1.310.750 nascimentos em Minas Gerais, dos quais 9.021 apresentaram anomalias congênitas, caracterizando uma prevalência de 0,68/100. Do total de nascidos vivos com anomalias congênitas, 1.705/18,90% foram em 2014 e 1.935/21,45% em 2018, o que representa um aumento de 11,89%. O tipo de anomalia mais frequente foi o aparelho musculoesquelético 2.921/32,41%. Os mais acometidos foram do sexo masculino 5.040/55,87%, pardos 4.906/54,38%, nascidos a termo, 6.562/72,74%, e com peso adequado 6.401/70,96%. Houve predomínio de mães menores de 35 anos 7.194/79,75%, solteiras 3.841/42,62%, que tiveram gravidez única 8.720/96,66% e parto cesáreo 5.765/63,96%. Houve aumento da prevalência de anomalias congênitas no período estudado. Essas informações alertam sobre os fatores de risco e podem direcionar ações de saúde pública para melhorar o prognóstico dos acometidos.

https://doi.org/10.51909/recis.v2i2.155
PDF

Referências

DeSilva M, Munoz FM, Mcmillan M, et al. Congenital anomalies: Case definition and guidelines for data collection, analysis, and presentation of immunization safety data. Vaccine, 2016;34(49):6015. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7901381/

Mendes IC, Jesuino RSA, Pinheiro D da S, et al. Anomalias congênitas e suas principais causas evitáveis: uma revisão. Revista Médica de Minas Gerais, 28(1):1–6. http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/2329

Modell B, Darlison MW, Malherbe H, et al. Congenital disorders: epidemiological methods for answering calls for action. Journal of Community Genetics, 2018;9(4):335. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6167263/

Feldkamp ML, Carey JC, Byrne JLB, et al. Etiology and clinical presentation of birth defects: population based study. BMJ, 2017;357. https://www.bmj.com/content/357/bmj.j2249

Hanaoka T, Tamura N, Ito K, Sasaki S, et al. Prevalence and Risk of Birth Defects Observed in a Prospective Cohort Study: The Hokkaido Study on Environment and Children’s Health. Journal of Epidemiology, 2018;28(3):125. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5821689/

Cardoso-dos-Santos AC, Magalhães VS, Medeiros-de-Souza AC, et al. International collaboration networks for the surveillance of congenital anomalies: a narrative review. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2020;29(4). https://www.scielo.br/j/ress/a/ssZpHBFtPT5mjBYrVFDQXcz/?lang=en

Geremias AL, Almeida MF de, Flores LPO. Avaliação das declarações de nascido vivo como fonte de informação sobre defeitos congênitos. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2009;12(1):60–8. https://www.scielo.br/j/rbepid/a/7P9gp8LXvxTx7zWVjg9XBgt/abstract/?lang=pt

Luquetti DV, Koifman RJ. Quality of birth defect reporting in the Brazilian Information System on Live Births (SINASC): a comparative study of 2004 and 2007. Cadernos de Saúde Pública, 2010;26(9):1756–65. https://www.scielo.br/j/csp/a/p6YmKbYfqkfRvJMKzQ7TTHd/abstract/?lang=pt

Luz G dos S, Karam S de M, Dumith SC, et al. Anomalias congênitas no estado do Rio Grande do Sul: análise de série temporal. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2019;22. https://www.scielo.br/j/rbepid/a/phhKWTyjNfhxbxyLR9Lrqjf/?lang=pt

Cosme HW, Lima LS, Barbosa LG. Prevalence of congenital anomalies and their associated factors in newborns in the city of São Paulo from 2010 to 2014. Revista Paulista de Pediatria, 2017;35(1):33-8. https://www.scielo.br/j/rpp/a/d5XsxxGbzgTXcCqFfmD86wm/?lang=en

Rodrigues L dos S, Lima RH da S, Costa LC, et al. Características das crianças nascidas com malformações congênitas no município de São Luís, Maranhão, 2002-2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2014;23(2):295–304. https://www.scielo.br/j/ress/a/zjSMPsJ7z5H6DCxRBqxj9nB/abstract/?lang=pt

Andrade A do N, Alves RM, Toralles MBP. Perfil epidemiológico de anomalias congênitas no Estado da Bahia. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 2018;17(3):287–91. https://periodicos.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/28624

Paixão ES, Rodrigues MS, Cardim LL, et al. Impact evaluation of Zika epidemic on congenital anomalies registration in Brazil: An interrupted time series analysis. PLOS Neglected Tropical Diseases, 2019;13(9):e0007721. https://journals.plos.org/plosntds/article?id=10.1371/journal.pntd.0007721

Guimarães ALS, Barbosa CC, Oliveira CM de, et al. Análise das malformações congênitas a partir do relacionamento das bases de dados de nascidos vivos e óbitos infantis. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 2019;19(4):917–24. https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/VDWcWKTpjfRMPY4DSYqL64C/abstract/?lang=pt

Cosme HW, Lima LS, Barbosa LG, et al. Prevalence of congenital anomalies and their associated factors in newborns in the city of São Paulo from 2010 to 2014. Revista Paulista de Pediatria, 2017;35(1):33–8. https://www.scielo.br/j/rpp/a/d5XsxxGbzgTXcCqFfmD86wm/?lang=en

Fontoura FC, Cardoso MVLML, Fontoura FC, et al. Association between congenital malformation and neonatal and maternal variables in neonatal units of a Northeast Brazilian city. Texto & Contexto – Enfermagem, 2014;23(4):907–14. https://www.scielo.br/j/tce/a/4BmkrNsWz4vfyr3gxBDwD5s/abstract/?lang=en

Egbe A, Lee S, Ho D, Uppu S, et al. Racial/ethnic differences in the birth prevalence of congenital anomalies in the United States. Journal of Perinatal Medicine, 2015;43(1):111–7.

Jonathan R, Swanson MD, Robert A, et al. Early Births and Congenital Birth Defects: A Complex Interaction. Clinics in Perinatology, 2013;40(4):629–44. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0095510813000833?via%3Dihub

Souza S de, Nampo FK, Pestana CR. Major birth defects in the Brazilian side of the triple border: a population-based cross-sectional study. Archives of Public Health, 2020;78. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7325680/

Dawson AL, Tinker SC, Jamieson DJ, et al. Twinning and major birth defects, National Birth Defects Prevention Study, 1997–2007. Journal of Epidemiology and Community Health, 2016;70(11):1114. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5299593/

Eufrásio LS, Souza DE de, Fonsêca AMC da, et al. Diferenças regionais brasileiras e fatores associados à prevalência de cesárea. Fisioterapia em Movimento, 2018;31. https://www.scielo.br/j/fm/a/GBMptNFfF4sFW44RDCwpdTj/abstract/?lang=pt

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Revista de Ensino, Ciência e Inovação em Saúde