Resumo
Os laboratórios de análises clínicas prestam serviços fundamentais para saúde, pois através da realização de exames laboratoriais são obtidos diagnósticos que constatam doenças e as condições de saúde do paciente. Esses serviços variam desde a coleta de diferentes amostras biológicas à análise propriamente dita e emissão dos laudos. Muitos laboratórios limitam sua oferta de serviços por vários fatores como a falta de equipamentos modernos, análises detalhadas, profissionais especializados. Para mudar isso, é preciso que a inovação laboratorial esteja presente, modernizando os métodos desde a recepção do cliente até as análises dos exames e disponibilização dos resultados. O objetivo deste trabalho foi identificar e analisar as inovações em dois laboratórios de análises clínicas, sendo um público (Petrolina-PE) e um privado (Juazeiro-BA). Para isso foi aplicado um questionário aos gestores de dois laboratórios, contendo 11 dimensões sobre Oferta, Cliente, Relacionamento, Processos, Organização, Cadeia de Fornecimento, Rede, Ambiência Inovadora, Soluções e Agregação de Valor, adaptados do SEBRAE. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética da UNIVASF, estando registrada sob o número CAAE: 28789519.7.0000.5196. Nos quesitos gerais, ambos os laboratórios foram classificados como pouco inovadores. As dimensões “Oferta”, “Processos” e “Ambiência Inovadora” tiveram maior destaque, pois os dois laboratórios apresentaram maior média nesses quesitos. A partir desse estudo foi possível uma compreensão da situação da inovação nos laboratórios clínicos pesquisados, tendo um panorama de como os laboratórios estão buscando a melhoria de seus serviços. Este foi um dos primeiros estudos nessa temática na região, o que vem a contribuir com a geração de conhecimentos dos serviços prestados por este setor, bem como impulsionar melhorias nas dimensões apontadas com maiores fragilidades.
Referências
Sebrae. Estudo sobre Laboratórios Baianos de Análises Clínicas. 2016. Disponível:http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/d4be1c3098d83ea75d50997f2c77b41a/$File/7368.pdf
Castells M. A sociedade em rede, Paz e Terra. v. 1. Informação & Sociedade: Estudos, 1999; 10(2). São Paulo, SP.
Smith K. Science, Technology and Innovation Indicator: a guide for policy makers - IDEA Report 5. Oslo: Step Group, 1998; Disponível :https://www.step.no/Prejectarea/idea/idea5.pdf
Matesco VR. Inovação Tecnológica das Empresas Brasileiras: a diferencia-ção competitiva e a motivação para inovar. 1993; Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Hronec SM. Sinais vitais: usando medidas de desempenho da qualidade, tempo e custo para traçar a rota para o futuro de sua empresa. 1994; São Paulo: Makron Books.
Garcia FJ. Um estudo sobre as formas de inovação e os critérios de avaliação dos prêmios de inovação. 2008; Dissertação (Mestrado) – Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul.
Sawhney M, Wolcott R; Arroniz I. The 12 different ways for companies to innovate. MIT Sloan Management Review, Cambridge, 2006; v. 47, n. 3, p. 75-81, Spring.
Schumpeter JA. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico, 1982; Abril Cultural, São Paulo, SP.
Bachmann DL, Destefani JH. Metodologia para estimar o grau das inovações nas MPE. 2008; Curitiba: SEBRAE.
Neto ATS, Teixeira RM. Mensuração do Grau de Inovação de Micro e Pequenas Empresas: Estudo em Empresas da Caceia Têxtil-Confecção em Sergipe, 2012; Publicado em: Encontro da ANPAD.
Yin RK. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2005; 3. ed. Porto Alegre: Bookman.
Salerno JRK. Radar da inovação: um estudo de aplicação em empresas prestadoras de serviço de saúde no Distrito Federal – DF. 2008; Fundação Dom Cabral. Programa de Mestrado Profissional em Administração. Nova Lima – MG.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Revista de Ensino, Ciência e Inovação em Saúde